Jornal Escolar "Letras d'Água" nº 26

sábado, 15 de abril de 2017




Rodolfo Castro


Contador de Histórias


No dia 21 de fevereiro, a Escola Básica e Secundária Mães D’ Água, recebeu a visita do contador de histórias, Rodolfo Castro, que se auto-intitula como “o pior contador de histórias do mundo”. No Auditório, realizaram-se quatro sessões, de 45 minutos cada, para os alunos do 1º e 2º ano; 3º e 4º ano; 5º ano e 6º ano respectivamente.

Quem assistiu – alunos, professores, técnicos de educação e assistentes operacionais – viu e sentiu, de forma intensa, o seu enorme talento, criatividade e humor. A sua arte de contar histórias serve-se duma enorme variedade de recursos que vão desde os gestos, à expressão corporal, ao uso de onomatopeias, ao modo como usa a voz com tom, volume e velocidade variáveis, de acordo com a situação descrita. A temática das histórias deliciou os presentes, ora com histórias de terror, ora com histórias maravilhosas, ora com histórias do quotidiano. O encantamento com que miúdos e crescidos assistiram às suas histórias só vem demonstrar que “ouvir histórias” dá boa disposição e pode tornar as pessoas mais felizes, pelo menos, momentaneamente. Aliás, estudos científicos provam que as crianças que, desde a mais tenra idade, ouvem histórias, aprendem a ler e a compreender o que leem de forma mais rápida e fácil e podem tornar-se mais felizes do que as crianças que não têm quem lhes leia/conte histórias.

Que bom que seria, se pudéssemos ter a visita de um contador de histórias como o Rodolfo Castro, pelo menos, uma vez por período na nossa escola!

Aqueles que o viram e ouviram poderão afirmar que estiveram perante um dos melhores contadores de histórias do mundo.

Vejamos o que ele diz de si próprio:


“No ano 1993 comecei a contar histórias profissionalmente. Esforcei-me sempre por ser o melhor. Para isso treinei, estudei, trabalhei...e não consegui. Quando comprovei que não podia ser o melhor decidi ser o pior... e consegui. Antes disso trabalhei de pedreiro e de carteiro, de sapateiro e de vendedor ambulante. Tentei o futebol e a atuação, fui professor do ensino básico e tive a minha banda de música. Vendi postais de natal nas ruas de Buenos Aires e artesanato no México. Sou escritor e formador creditado na área da literatura e dos contos.
Nasci e cresci em Buenos Aires, formei-me profissionalmente no México, hoje vivo em Lisboa, Portugal”.

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