Jornal Escolar "Letras d'Água" nº 26

sábado, 15 de abril de 2017



Este ano a SEMANA da LEITURA teve como tema “O PRAZER DE LER” e decorreu entre 20 e 24 de março. A sua divulgação foi feita através do cartaz com design do professor José Mourão.

Em todas as salas de aula foram distribuídos textos de vários géneros, de acordo com a idade e os níveis dos alunos para serem lidos e discutidos ao longo da semana. Nos diferentes espaços da escola foram disponibilizados textos de diferentes autores com temáticas diversas.

Também grupos de alunos orientados pelos seus professores de Português fizeram leituras na biblioteca, na direção e na sala de professores.

A realização desta semana proporciona a toda a comunidade educativa o contacto com autores que, sendo ou não conhecidos, podem despertar em quem os lê e/ou ouve o gosto e a curiosidade por uma das atividades que tem um papel fundamental no modo como pensamos, agimos e somos.

Desde que a Biblioteca Escolar foi integrada na Rede de Bibliotecas Escolares (RBE), em 2009, a Semanada Leitura passou a fazer parte do seu Plano Anual de Atividades e tem como objetivo a divulgação de escritores, o envolvimento da comunidade educativa e a sua sensibilização para a importância da leitura nas suas vidas.

“…um aluno, um professor, um livro e uma caneta podem mudar o mundo. A educação é a única solução…”

                                                                            Malala Yousafzai








Rodolfo Castro


Contador de Histórias


No dia 21 de fevereiro, a Escola Básica e Secundária Mães D’ Água, recebeu a visita do contador de histórias, Rodolfo Castro, que se auto-intitula como “o pior contador de histórias do mundo”. No Auditório, realizaram-se quatro sessões, de 45 minutos cada, para os alunos do 1º e 2º ano; 3º e 4º ano; 5º ano e 6º ano respectivamente.

Quem assistiu – alunos, professores, técnicos de educação e assistentes operacionais – viu e sentiu, de forma intensa, o seu enorme talento, criatividade e humor. A sua arte de contar histórias serve-se duma enorme variedade de recursos que vão desde os gestos, à expressão corporal, ao uso de onomatopeias, ao modo como usa a voz com tom, volume e velocidade variáveis, de acordo com a situação descrita. A temática das histórias deliciou os presentes, ora com histórias de terror, ora com histórias maravilhosas, ora com histórias do quotidiano. O encantamento com que miúdos e crescidos assistiram às suas histórias só vem demonstrar que “ouvir histórias” dá boa disposição e pode tornar as pessoas mais felizes, pelo menos, momentaneamente. Aliás, estudos científicos provam que as crianças que, desde a mais tenra idade, ouvem histórias, aprendem a ler e a compreender o que leem de forma mais rápida e fácil e podem tornar-se mais felizes do que as crianças que não têm quem lhes leia/conte histórias.

Que bom que seria, se pudéssemos ter a visita de um contador de histórias como o Rodolfo Castro, pelo menos, uma vez por período na nossa escola!

Aqueles que o viram e ouviram poderão afirmar que estiveram perante um dos melhores contadores de histórias do mundo.

Vejamos o que ele diz de si próprio:


“No ano 1993 comecei a contar histórias profissionalmente. Esforcei-me sempre por ser o melhor. Para isso treinei, estudei, trabalhei...e não consegui. Quando comprovei que não podia ser o melhor decidi ser o pior... e consegui. Antes disso trabalhei de pedreiro e de carteiro, de sapateiro e de vendedor ambulante. Tentei o futebol e a atuação, fui professor do ensino básico e tive a minha banda de música. Vendi postais de natal nas ruas de Buenos Aires e artesanato no México. Sou escritor e formador creditado na área da literatura e dos contos.
Nasci e cresci em Buenos Aires, formei-me profissionalmente no México, hoje vivo em Lisboa, Portugal”.