A Esperança
Esta história passou-se na minha infância no ano de 1997 no mês de Dezembro quando morava junto à Ria de Aveiro.
Na minha família todos os homens eram pescadores assim como todos os que moravam naquela zona.
Foi um ano complicado nos mares, havia muitas tempestades e quando conseguiram ir ao mar, pouco peixe traziam, foram tempos difíceis. Então uma boa notícia chegou. Uma grande empresa de conservas precisava de muitos pescadores, para irem para o mar Báltico pescar atum, e assim quase todos os homens partiram, inclusive o meu pai.
Esse dia foi uma mistura de alegria e de tristeza, todas as famílias foram ao porto, ver os seus familiares embarcarem nessa aventura. O meu pai despediu-se da minha mãe e deu-me um forte abraço, olhou-me nos olhos e disse:
- Toma conta da mãe, agora és tu o homem da casa, mas prometo que chego a tempo do Natal!
A chegada prevista era para dia 20 de Dezembro, por isso não ficamos preocupados.
De manhã ia para a escola, enquanto a minha mãe ficava a tratar da cãs, no fim da escola, ia com pressa ter com a minha mãe para almoçarmos juntos e falávamos de como tinha corrido a manhã.
Todos os dias a noite esperávamos sempre o telefonema do meu pai, era um momento muito especial em que ele contava tudo o que se passava no grande barco, a minha mãe ficava sempre um bocadinho triste, mas depois passava.
Estávamos a jantar no dia 14 de Dezembro quando recebemos um telefonema a dizer que o barco do meu pai estava retido no porto devido ao mau tempo e não sabiam se chegavam a tempo de passar o Natal connosco. Ficámos muito tristes.
A minha mãe confortou-me e disse para não perder a esperança, porque o Natal era uma época em que os milagres existiam mais do que nunca.
No dia 24 a casa já estava enfeitada, cheirava a bacalhau e a doces de natal, a família estava a chegar, mas eu não conseguia ficar feliz, queria tanto que o meu pai estivesse aqui, a minha avó passou a mão na minha cabeça e sorriu para mim, o olhar dela também estava triste.
A meio do jantar de repente ouvimos os cães a ladrar e bateram a porta. A minha mãe apressada ver quem era e para nossa surpresa vimos que era o meu pai que vinha cheio de prendas para todos.
Corri para o meu pai, e passei o resto da noite a ouvir as aventuras que ele tinha vivido.
Olhei para a minha mãe e compreendi o que ela me quis dizer que no Natal aconteciam milagres.
Para mim ter o meu pai na noite de Natal foi a melhor prenda que recebi.
Fábio Azedo 7º 1 nº 11
UMA BOA AÇÃO
Foi numa tarde gélida. Estava eu sentada no sofá, ao quente da lareira, a pensar no que iria pedir neste Natal. Pensei, pensei… mas estava muito hesitante; por isso, fui até lá fora dar um passeio para refrescar as ideias.
Andei, andei, até que vi uma menina que me chamou. Aproximei-me e reparei numa família pobre, com uma roupa toda rota, cheios de fome e a pedir esmola. A menina contou-me que os pais tinham ficado sem a casa porque estavam desempregados. Eu, ao ver aquelas pessoas assim, fiquei tão triste e comovida que fui logo para casa. Fechei-me no quarto a pensar no que haveria de fazer, até que tive uma ideia talvez o meu pai me ajudasse a construir uma casa para eles viverem. O meu avô e a minha mãe poderiam fazer alguns brinquedos para eles poderem receber no Natal. Fiz a lista de tarefas e distribuí pelos meus familiares e todos concordaram.
De manhã bem cedinho, acordei e fui com o meu pai comprar todo o material preciso. Quando encontrámos o sítio certo, metemos mãos à obra.
Passaram um, dois, três, quatro, cinco dias e chegou a véspera de Natal. Na rua, tudo estava enfeitado com luzes, sinos, estrelas, anjos e ouviam-se os cânticos de Natal que as pessoas cantavam ao vaguear em pela rua.
Quase ao fim da tarde fomos até àquela rua onde eu tinha encontrado aqueles pobres. Fomos com eles até à casa construída e demos-lhes um novo abrigo. Lá dentro havia uma lareira e uma árvore de Natal coberta de presentes.
Foram a correr instalar-se no seu novo lar e, desde aí, essa família passou a ser feliz.
Para mim foi o melhor Natal, pois fiz uma boa acção a ajudar os outros.
Georgiana Colcer 7º 3ª
NATAL INESPERADO
Era uma vez uma menina chamada Joana que tinha uma irmã mais nova chamada Beatriz. A Joana tinha uma amiga muito especial par ela, mas a sua amiga estava no Canadá e chama-se Caitlin. A Caitlin tinha um irmão Christian mais conhecido por Chris.Eles eram muito felizes. Mas nesta semana, próxima do Natal, a Caitlin ficara doente ela tinha febre e tonturas. Os pais da mesma ficaram muito preocupados. A Joana assim que recebeu as notícias ficou muito triste e preocupada.-Maninha, não chores mais-disse a Beatriz. -Mas eu estou muito preocupada-choramingou a Joana. -Eu tenho que ir visitá-la.-E vais-disse a mãe entrando no quarto. -A sério? -perguntou a Joana que estava espantada. -Sim-disse o pai. -Obrigada, obrigada, obrigada-disse e começou aos saltinhos-mas vocês vão?
-Não, mas a tua irmã vai-disseram. -Ok-disse-mana vamos fazer as malas. Meteram tudo o que conseguiram nas malas. E meteram-se num avião. Passadas 3 horas chegaram ao Canadá. Foram logo para a casa da Caitlin e quando chegaram bateram à porta e o Chris abriu e disse: -Meninas que surpresa, - disse espantado-tinha tantas saudades. -Nós também-disseram ao mesmo tempo que o abraçavam.-A Caitlin? -perguntou a Joana. -Está no hospital-disse o Chris, com a cabeça baixa- está em coma. Neste momento a Joana sentiu o seu mundo a desabar e começou a chorar muito.-Não!!!!-Gritou a Joana e caiu. -Entrem, -disse o Chris a tentar não chorar. Quando entraram em casa começaram a chorar e a dizer que não era possível. Passado uma semana, o Natal tinha chegado e Caitlin não tinha melhorado e os pais dela pensavam em desligar as máquinas no dia de Natal. E foram despedir-se quando chegou a vez da Joana, ela disse: -Caitlin, eu nunca te esquecerei, sempre foste uma grande amiga, nunca me deixas-te chorar e eu nunca te vou deixar, gosto muito de ti linda, estás sempre a aqui-e apontou para o coração. Mas quando a Joana acabou de falar a Caitlin começou a abrir os olhos. -Joana, porque estás a chorar? – Perguntou a Caitlin-não sabes que não te gosto ver triste? -Amiga, pensei nunca mais te ver, estou tão feliz- disse a Joana esboçando um sorriso.
Carolina RodriguesNº20; 7º1ª
-Não, mas a tua irmã vai-disseram.
NATAL EM TÓQUIO
Sakura estava muito impaciente, pois faltava uma semana para o Natal.
Todos os dias, depois da mãe lhe ler a sua história favorita, “Contos de fadas”, Sakura perguntava:
- Qual vai ser a minha prenda de Natal?
E a mãe respondia:
- Quando chegar a altura logo saberás.
- Por favor mãe, diz lá! – disse ela entusiasmada.
- Não! Agora dorme para amanhã ires fresquinha para o A.T.L.
- Está bem – murmurou ela tristemente.
No dia seguinte, quando chegou ao A.T.L. a sua melhor amiga, que já lá estava veio cumprimentá-la e perguntou-lhe:
- Olá, então já disseste aos teus pais o que queres para o Natal?
- Eu já lhes disse uma vez e estou sempre a perguntar-lhes se já sabem o que me vão dar, mas eles dizem sempre: logo verás, logo verás, isso entusiasma-me cada vez mais.
- Deixa lá, de certeza que eles te vão dar o novo livro que tu tanto desejas.
-Também acho.
Mais tarde....
- Mãe! Gritou Sakura já na cama.
- Diz filha.
- Vem ler-me uma história do livro “Contos de fadas”.
- Sim, já vou!
Depois da mãe lhe ler a história, Sakura voltou a perguntar:
- Mãe, já sabes o que me vais dar no Natal? – perguntou ela.
- Sakura, já falámos sobre isso!
- Mas...
- Mas nada, já conversámos sobre isso, logo verás.
- Está bem!
Passados cinco dias quando chegava a casa de carro com a mãe e estavam a ouvir o rádio, ouviram a notícia de que tinham decorrido vários terramotos perto de onde Sakura e a sua família viviam e que tinha havido 60 vítimas mortais.
- Mãe, estou com medo. E se houver um terramoto ao pé da nossa casa?
- Isso não deve acontecer – disse a mãe também com receio.
Quando chegaram a casa, cumprimentaram o pai e Sakura foi para o quarto a pensar no terramoto e pouco depois adormeceu sem jantar.
Aqueles dois dias foram uma eternidade para a Sakura. Quando chegou o grande dia, 25 de Dezembro, os pais de Sakura estavam em casa, ela acordou muito excitada com o presente que iria receber.
- Bom dia mãe!
- Bom dia Sakura, preparada para o grande dia?
- Sim!!! – respondeu ela contente.
Mas de repente, sentiu-se o chão a tremer e o prédio onde a Sakura morava começava a cair e os pais começaram a gritar.
O pai aflito disse:
- Venham, saiam daí e fiquem debaixo da mesa!!!
- Espera, vou buscar o livro “Conto de fadas” e já volto! – Disse Sakura.
- Não, eu vou lá e já volto não se preocupem – disse o pai.
Sakura e a mãe ficaram debaixo da mesa e o pai atirou o livro à Sakura, no momento em que os escombros lhe cairam em cima.
- Pai!!! Gritou Sakura.
- Sakura, fica aqui debaixo! – disse a mãe.
No dia seguinte, após inverstigação verificou-se que houve vitimas mortais, mas não se sabia ao certo o número exacto.
O pai de Sakura sobreviveu, mas foi internado no hospital com ferimentos ligeiros.
O Natal de Sakura não correu como ela esperava. Não recebeu o presente que tanto queria, mas o facto de a sua familia estar bem naquela situação foi o melhor presente que lhe podiam dar.
Sakura voltou a adormecer ao som da voz da mãe a contar-lhe as histórias que ela tanto adorava.
Tiago Miranda, n.º 26, 7.º 1ª
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